Foi isso que demonstrou um estudo feito em 2005 por Pearl Martin e seus colegas da University of Queensland – Austrália.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Antes de divulgar o plano de previdência complementar da sua empresa para os novos empregados, sirva um cafezinho…
De São Paulo, SP.
Noventa e sete por cento dos brasileiros consome café diariamente, segundo o Diretor Executivo da ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café, Nathan Herzkowicz. Nos EUA e Inglaterra 80% dos adultos são consumidores moderados de cafeína.
De todos os efeitos que a cafeína causa sobre nossas mentes, como aumento do estado de atenção, vigília e cognição, talvez o menos conhecido seja a tendência de nos tornar mais suscetíveis a persuasão.
Foi isso que demonstrou um estudo feito em 2005 por Pearl Martin e seus colegas da University of Queensland – Austrália.
Foi isso que demonstrou um estudo feito em 2005 por Pearl Martin e seus colegas da University of Queensland – Austrália.
A pesquisa tentou convencer os voluntários que participaram do experimento a mudar de idéia sobre o controverso conceito da eutanásia.
Os voluntários foram escolhidos dentre aqueles que concordavam com a legalização da eutanásia e os pesquisadores lhes disseram que queriam saber se eles poderiam ser persuadidos a pensar diferentemente.
Antes de se tentar fazê-los mudar de idéia, metade dos participantes recebeu doses moderadas de cafeína, enquanto a outra metade tomou um placebo.
Nota: Placebo: cápsulas desprovidas de substâncias terapêuticas ou contendo produtos conhecidamente inertes e inócuos, que são administrados a grupos de cobaias humanas ou animais para comparar o efeito da sugestão no tratamento de doenças (Wikipidia)
No dois grupos de participantes, nem os pesquisadores nem os voluntários sabiam quem havia tomado o quê. Então, lhes foram fornecidos seis artigos com argumentos contrários a eutanásia.
Após a leitura, quando perguntados sobre sua atitude em relação a eutanásia, aqueles que haviam ingerido cafeína foram mais influenciados pela mensagem persuasiva do que os que tomaram o placebo.
Na seqüência, os participantes foram questionados sobre sua posição em relação ao aborto, opinião que segundo os pesquisadores deveria sofrer influência indireta da primeira pergunta, já que alguém que desaprova a eutanásia tende a não concordar com o aborto.
E foi exatamente o que se verificou. A mensagem persuasiva havia se disseminado, alcançando uma idéia correlacionada e o efeito foi mais forte dentre os que haviam consumido cafeína.
Mas qual é a explicação? Porque a cafeína, afinal, nos torna mais suscetíveis a persuasão?
A razão é simples. Muitas das mensagens persuasivas nos passam desapercebidas porque na maioria das vezes não estamos prestando muita atenção para elas.
Nossas mentes se distraem facilmente e nós preferimos não pensar demais sobre as coisas, a menos que isso seja inevitável.
Ao aumentar nosso estado de atenção, a cafeína nos faz processar mais detalhadamente as mensagens que chegam ao nosso cérebro, levando potencialmente a uma maior persuasão.
Então tome cuidado, aquele café todo que você toma não está apenas lhe tirando o sono. Está tornando-o mais suscetível a ser influenciado, mesmo que seja apenas por aumentar seu estado de atenção.
Se o pessoal de RH não está conseguindo convencer os novos admitidos a aderir ao plano de previdência complementar oferecido pela sua empresa, considere oferecer um expresso antes da palestra de divulgação....
Forte abraço,
Eder.
Fonte: Adaptado do artigo “Caffeine Makes Us Easier to Persuade”, escrito no PsyBlog.
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