
De Sāo Paulo, SP.
O setor de fundos de pensão passa por instabilidade e incerteza no mundo todo e suas soluções continuam concentradas nas classes de renda mais altas - numa sociedade fragmentada - com produtos destinados à trabalhadores com vínculo de emprego permanente em tempo integral.
Nesse contexto, emerge uma infraestrutura estável, sobressaindo-se como uma alternativa superior ao sistema tradicional com soluções de investimento e poupança de longo prazo acessíveis a todos.
O blockchain é uma tecnologia viável para muitos dos desafios financeiros atuais e há dois grupos, claramente distintos, beneficiários de suas soluções:
Instituições financeiras e gestores de ativos de um lado; e do outro
Cerca de 195 milhões de brasileiros sem planos de previdência complementar, dos quais 85 milhões atuam na economia informal - portanto, sem vínculo empregatício (53 milhões sequer têm conta em banco).
Com a tecnologia, o primeiro grupo ganha velocidade, eficiência e escala, enquanto o segundo se beneficia de acessibilidade e equidade. Se quisermos concretizar todo o potencial do blockchain, precisamos levar em conta as necessidades de ambos.
Há muito tempo, os financeiramente marginalizados buscam soluções em tecnologias de ponta. Graças a elas, por exemplo, entregadores de iFood e motoristas de Uber fazem parte de um mercado de trabalho que vai se tornando a cada dia mais excludente.
👉 É nesse ponto que mora a provocação: enquanto os fundos de pensão discutem se vão ou não modernizar seus sistemas de governança, um trabalhador informal já pode poupar R$ 10 em stablecoins direto no celular, sem taxa mínima, sem gerente de banco, sem burocracia. E esse mesmo trabalhador pode ainda colocar esse valor em staking liquído e ver render mais que a poupança — algo impossível no modelo dos planos de previdencia complementar atuais, que não aceitam contribuições tão baixas.
Diante do aumento de 80% dos custos de gestão de ativos e da queda de 15% nas receitas na última década, Jenny Johnson – CEO da Franklin Templeton, uma das maiores gestoras de investimentos do mundo, disse:
“Temos que pensar como alavancar o blockchain em nosso ambiente”
A inovação da Franklin Templeton ilustra bem esse despertar dos investidores institucionais. O primeiro fundo mútuo tokenizado, reduziu os custos de transação de US$ 1 para menos de US$ 0,01. Para uma instituição que tem US$ 1,7 trilhōes sob gestão, os ganhos de eficiência são transformadores.
Mas essa adoção institucional do blockchain e dos ativos digitais, faz mais do que cortar custos. Ela valida uma nova infraestrutura que pode beneficiar tanto as grandes instituições financeiras, como as dezenas de milhões de brasileiros excluídos dos veículos financeiros tradicionais de investimento e poupança de longo prazo.
👉 A mesma infraestrutura de blockchain que salva bilhões para a Franklin Templeton é a que permite a um imigrante mandar US$ 50 de Dubai para as Filipinas pagando centavos ou a uma diarista no Rio de Janeiro guardar R$ 6 em Solana e ainda receber 8,49% de rendimento anual em staking. É o mesmo motor tecnológico servindo extremos opostos da economia.
A tecnologia do blockchain remove fricção, esteja você liquidando uma transação financeira de R$ 100 milhões em ativos digitais, mandando R$ 100 para seu filho de férias no exterior ou poupando R$ 6 com rendimento anual na faixa de 8,49% (stacking da cryptmoeda Solana).
👉 E não é só: agricultores familiares já conseguem acessar microcrédito de R$ 200 tokenizados, algo que antes era inviável porque o custo administrativo dos bancos era maior do que o empréstimo. No blockchain, isso se tornou possível — e barato.
A gestão dos investimentos dos fundos de pensāo custa em média 0,28% ao ano(*) . Considerando um patrimônio de R$ 1,34 trilhões em 2025, isso gera anualmente R$ 3,75 bilhões apenas em taxas de gestão financeira, sem falar na taxa de administração (carregamento).
(*) Fonte: 13ª Série de Estudos – Despesas Administrativas das EFPC, publicada pela PREVIC em 2024.
No caso das entidades abertas (PGBLs e VGBLs) que possuem patrimônio de R$ 1,68 trilhōes e taxa de gestão financeira média de 1,2% ao ano, a gestão dos investimentos custa R$ 20,16 bilhões por ano.
A tecnologia do blockchain oferece soluções claras para o desafio de redução de custos de forma a permitir que pessoas com renda muito baixa tenham acesso a veículos de poupança e investimento de longo prazo.
A mesma tecnologia que resolve a ineficiência dos investidores institucionais, pode endereçar o problema da exclusão financeira e previdenciária. As mesmas redes de blockchain que processam transações ao custo de frações de um centavo em 3-5 segundos, servem tanto às tesourarias dos grandes gestores de ativos, quanto à viabilização de soluções de previdência complementar para indivíduos de baixa renda que queiram poupar.
No Brasil, pais em que a inflação frequentemente corrói o valor de ativos reais e da poupança das pessoas, o blockchain tem dupla utilidade. Basta ver o que ocorreu na Argentina, onde a inflação no final de 2024 atingiu 236,7%. Lá, tanto instituições como indivíduos recorreram aos ativos digitais por necessidade.
Os dados mostram que 61,8% das transações feitas pelos argentinos com crypto envolvem stablecoins, nāo por especulação, mas por ser uma ferramenta econômica que preserva o poder de compra contra a desvalorização do peso.
Todos esses exemplos revelam a proposta de valor fundamental da tecnologia do blockchain:
Eliminar a dependência de intermediários frágeis e de políticas monetários nacionais expansionistas, que corroem o poder de compra e a poupança das pessoas com rendas menores e as deixam à margem dos sistemas de previdência complementar atuais, que se mostram incapazes de solucionar a exclusão previdenciária.
Seja você um gestor de investimentos buscando hedge para a exposição de seus ativos à inflação ou uma família de baixa renda querendo proteger sua poupança, a infraestrutura do blockchain fornece o mesmo serviço essencial: estabilidade e proteção.
Aproveitar o potencial pleno do blockchain exige desenvolver soluções intencionais que permitam oferecer veículos de poupança de longo prazo acessíveis à dezenas de milhões de brasileiros que vivem hoje na informalidade e à margem dos atuais fundos de pensão, PGBLs e VBGLs.
A promessa do blockchain reside precisamente na sua capacidade de servir aos dois grupos diferentes, citados anteriormente, com a mesma infraestrutura fundamental.
👉 A mesma rede de blockchain que permite a um fundo de pensão oferecer aos participantes perfis de investimentos com ativos tokenizados (ativos digitais) pode ajudar agricultores a ter acesso a crédito. A mesma infraestrutura que facilita a liquidação de transações financeiras dos grandes gestores de investimentos pode entregar ajuda humanitária diretamente a refugiados.
A infraestrutura do blockchain está aí, pronta e funcionando.
A escolha que fizermos hoje vai determinar se o blockchain e os ativos digitais serão mais uma ferramenta para servir aqueles que já sāo servidos pelos veículos de investimento e poupança de longo prazo ou se será a ponte que finalmente conectará à economia e aos planos de previdência complementar, todas as faixas de renda, principalmente as hoje desatendidas pelos fundos de pensāo.
Para fechar um alerta feito pelo CEO da Nivdia:
“Você não perderá seu emprego para a IA — mas para alguém que a usa”
Substitua emprego por participante e IA por blockchain e o alerta se aplica como uma luva para os fundos de pensāo …
Grande abraço,
Eder.
Opiniões: Todas minhas | Fontes: “The Banks and the Unbanked: Blockchain’s Biggest Beneficiaries Sit at Both Ends of the Financial Spectrum”, escrito por Denelle Dixon.
Disclaimer: Esse artigo foi escrito com uso de IA, baseado em prompts do autor e informações das fontes citadas.




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