De São Paulo, SP.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
O diagnóstico está em todo lugar: organizações, empresas e governos estabelecidos são incapazes de criar inovações disruptivas. As razões? São várias. Um artigo recente da Harvard Business Review lascou logo no titulo “Porque as empresas fazem (apenas) teatro da inovação”. Nele a explicação recai sobre os processos existentes, criados em torno de produtos e de circunstâncias especificas, consolidados, são rígidos demais para pivotar. Outro artigo nos induz a concluir que é praticamente impossível integrar inovações nas estruturas atuais das empresas e sugere a criação de novas empresas para desenvolvê-las. Cita o caso do Pingit, um app de pagamento via smartphones criado pelo Barclays (banco inglês) que permitia a clientes de qualquer banco transferir $$$ dentro do Reino Unido. Similar ao Venmo (EUA), Lydia (França) e Tikkie (Holanda), o Pingit foi afogado dentro da estrutura do Barclays e morreu enquanto a startup Revolut, da Lituânia, oferecendo basicamente a mesma solução, abocanhou 12 milhões de cientes, a maioria no Reino Unido. Eu acrescento os vieses de comportamento humano que impedem conselheiros e membros de órgãos superiores de tomar as decisões necessárias quando os riscos de mudanças radicais são muito altos, inclusive o de perder a cadeira.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
Vou me convencendo de quê precisamos de “novos fundos de pensão” se quisermos criar um outro modelo de negócios na previdência complementar. “Gig Economy” (não tem tradução) é um termo usado nos EUA para se referir a trabalhadores freelancers, terceirizados, algo tipo nossa contratação de pessoas físicas via PJ (PJotizacão) aqui no Brasil. É a venda de um serviço para alguém ou alguma empresa de forma independente, sem um empregador, tipo o que acontece com o Uber, que usa uma plataforma digital. Aliás, esse modelo de prestação de serviços é tão contemporâneo quanto a própria revolução digital. Os trabalhadoees da GIG Ecomony já são +51 milhões nos EUA - crescimento de 34% desde 2020 – e deverão ser mais da metade dos trabalhadores nos EUA em 2023 segundo projeções. Na Terra de Cabral, onde faltam estatísticas e sobra uma gigantesca economia informal, podemos inferir que caminharemos para a mesma direção, a passos lagos depois do Covid-19.
CONCLUSÃO:
Trabalhadores da “Gig Economy” não tem benefícios oferecidos pelas empresas, não tem plano de saúde, não tem plano de previdência, nada, mas poderiam ter, diferente dos atuais claro, com custos menores para as empresas. Basta os fundos de pensão desenvolverem novas soluções, algo possível dentro do atual marco regulatório, seriam planos diferentes, usando tecnologia para baratear, inovações disruptivas - Ihhhh, vide acima ... que venham as startups!
Grande abraço,
Eder.
Fonte: Is It the Age of the Employee? 4 Workplace Trends Coming for 2022, escrito por xxx | Why Companies do "Innovation Theater" Instead of Actual Innovation, escrito por Steve Blank | Innovation Dilemma: Integrate or Standalone?, escrito por Leonard Bukenya.
Nenhum comentário:
Postar um comentário