De São Paulo, SP.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
Quem diz isso não sou eu, é Poll Paulman, ex-CEO da Unilever (eu apenas concordo). “Não é surpresa quando você tem essa enorme escala de mudança, maior do que ocorreu na revolução industrial e a velocidade das mudanças é maior do que na revolução tecnológica”. “Pode parecer duro, mas é a realidade, eles (conselhos) não refletem mais o mundo real, eles cresceram numa época diferente, fizeram um excelente trabalho naquele tempo, mas o mundo andou”, ponderou Paulman que concluiu dizendo que os conselhos podem ser o gargalo impedindo o progresso contra as mudanças climáticas, contras desigualdades e que ... “também precisamos substituir um monte de CEOs”. Paulman não é voz isolada. Gabrielle Sulzberger – conselheira de administração na Mastercard, Eli Lilly e outras – acha que “... seja você o disruptor ou aquele passando pela disruptura, o ritmo em que precisa tomar decisões está evoluindo. A pergunta sobre quem e como o conselho precisa ser, sobre a composição do conselho, é a mais importante e se o contexto dessa conversa é ESG então a questão é de governança e o problema é oxigenar o conselho”. Ah, são vozes isoladas. Na-na-ni-na-não. Só pra citar mais um(a), Amy Chang, conselheira em empresas como Disney, Procter & Gamble e até algumas startups, concorda com a urgência de uma liderança mais evoluída (no sentido de atual) e com perspectivas mais frescas nos conselhos, por causa da entrada das novas gerações na força de trabalho e de um mercado consumidor que busca e responde cada vez mais por ESG.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
O Covid-19 trouxe um movimento crescente por parte dos empregados clamando por mudanças sociais nas organizações. Eles estão demandando trabalho remoto, exigindo mais diversidade & inclusão, se preocupando com proposito e responsabilidade social corporativa. Atender as novas expectativas da força de trabalho e de consumidores preocupados com aspectos ESG, requer mesmo novas competências da liderança - olha só, isso não tem nada a ver com idade, tem a ver com conhecimento da economia digital, com uma visão de mundo alinhada com os propósitos e valores dessa galera jovem, coisas assim.
CONCLUSÃO:
E você, do segmento de fundos de pensão, o que acha? Todos os nossos conselhos deliberativos e diretores-presidentes conseguem pivotar os atuais planos de previdência complementar e construir um novo modelo de negócios? Ou seria imprescindível os fundos de pensão contarem com conselheiros profissionais e diretores executivos que os ajudem a fugir do “group thinking”? Deixe seu comentário!
Grande abraço,
Eder.
FONTE: Most boards and CEOs are ill-equipped to meet the challenges of today, says former Unilever CEO , escrito por Amam Kidway.
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