De São Paulo,
Esse foi o titulo da 1ª Plenária do 42º Congresso Brasileiro Previdência Complementar, ao longo da qual tivemos o privilégio e a oportunidade de ouvir os acadêmicos compartilhando sua visão de futuro, vista a partir das universidades, com projeções baseadas nas teorias econômicas clássicas, bonus demográficos, taxas de fertilidade etc.
Senti falta daquilo que não é captado pelos modelos econômicos atuais. Coisas ainda não escritas, não previstas pelas teorias vigentes.
No conceito de poupança clássica, por ex., alguém se priva de consumo hoje para ter uma "renda" melhor amanhã. Os modelos de investimentos, seguidos pelos asset managers, foram construídos para maximizar retorno com redução de riscos.
... mas, os jovens de hoje investem com "propósito", algo que coloca os modelos clássicos, a responsabilidade fiduciária de conselheiros de fundos de pensão e tudo mais, de cabeça para baixo. Eles não querem retorno a qualquer preço, o que eles querem é um mundo melhor no futuro (no qual eles e seus filhos vão viver), mesmo que para isso tenham que se privar de renda HOJE e AMANHÃ.
No estudo Finding The Greenest Generation feito pela Legal & Investments no Reino Unido: 47% das mulheres e 44% dos homens da geração Millenials disseram que preferem que o $$$ do seu fundo de pensão não seja investido em empresas que usem combustíveis fosseis AINDA que tenham retorno menor ou reduza seu beneficio futuro. A Gen Z é ainda mais enfática na busca por justiça social, diversidade & inclusão e igualdade.
Ou seja, sem ouvir, entender e aplicar os valores dos Millenials e da Gen Z na construção do fundo de pensão do futuro, sei não ..
Grande abraço,
Eder.
Nenhum comentário:
Postar um comentário