De São Paulo,SP.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
Se você e eu olharmos para o mesmo objeto, assumimos que ambos veremos a mesma cor. Independente de nossas experiências, acreditamos que nossas realidades vão se encontrar no nível mais básico de percepção. Em 2015, porém, um fenômeno que viralizou na Internet mandou tudo isso para o beleléu. O episodio ficou conhecido apenas como “The Dress” (O Vestido) e causou um fuzuê porque algumas pessoas viam um vestido branco e dourado enquanto outras o enxergavam azul e preto.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
A explicação, descobriram os cientistas, é um processo de cálculo mental que acontece em nossos cérebros quando enxergamos. Algumas pessoas inferiram, inconscientemente, que o vestido estava sob luz direta e mentalmente subtraiam o amarelo da imagem, enxergando então azul e preto. Outras o viam como se estivesse na sombra, na qual predomina uma luz de tom azulado, levando seus cérebros a subtrair mentalmente o azul da imagem deixando o vestido parecer branco e dourado. Nosso cérebro não apenas filtra a realidade, ele a constrói, inferindo um mundo exterior a partir de dados ambíguos. No livro “Being You”, o neurocientista Anil Seth da Universidade de Sussex explica como nosso “universo interior de experiências subjetivas” constrói a realidade em termos dos processos biológicos e físicos que se desenrolam em nossos cérebros e em nossos corpos.
CONCLUSÃO:
Nosso cérebro está sempre construindo modelos do mundo a nossa volta para explicar e prever as informações que nos chegam e atualiza esses modelos sempre que as previsões e experiências que obtemos por meio de nossos sentidos divergem. Sim, nosso cérebro é complexo e o mundo não passa de uma percepção. Portanto, assegure que o conselho deliberativo do seu fundo de pensão tenha membros diversos o suficiente para ser capaz de enxergar todas as facetas da realidade. Senão, um novo modelo de negócios não vai rolar.
Grande abraço,
Eder.
Fonte: Our brains exist in a state of "controlled hallucination" escrito por Matthew Hudson para o MIT Technology Review.
Nenhum comentário:
Postar um comentário