Numa entrevista recente para a Bloomberg durante o evento “Work Shifting 2.0: Redefining Normal”, a Francine Katsoudas que é Executive Vice-President & Chief People Policy & Purpose Officer da CISCO lançou luz sobre o que anda rolando nas empresas em relação ao retorno ao trabalho (link abaixo).
Veja que interessante o que a Francine falou: 1) Os empregados querem que suas cias se engajem, deem voz e se posicionem sobre aquilo que eles pensam como, por exemplo, a guerra na Ucrânia. Os candidatos sendo entrevistados pelas empresas estão lendo o relatório de propósitos da cia para ver como elas se posicionam. Um empregado recentemente disse para a própria Francine: “obrigado por se posicionarem, assim eu não preciso ir embora”; 2) Depois de dois anos fechados, a CISCO reabriu seus escritórios. O RH preparou uma grande festa para recepcioná-los, mas ... eles não apareceram. Quando os empregados dizem que sentem falta do escritório, eles estão querendo dizer na verdade que sentem falta das pessoas, dos colegas. Os empregados estão dizendo que vão voltar ao escritório apenas quando tiver um evento, uma reunião de equipe ou quando os clientes estiverem no escritório. Ou seja, eles vão voltar quando houver uma razão, mas não para trabalhar. Como a produtividade não foi impactada e foram desenvolvidos novos meios para fazer o trabalho, tem que haver uma razão para irem ao escritório; 3) Os espaços físicos dos escritórios serão repensados. Se antes 30% eram dedicados à espaços abertos, áreas comuns e de convivência e os outros 70% do espaço eram estações de trabalho, agora será o inverso e ar áreas comuns serão desenhadas para as pessoas se encontrarem de maneira informal. Isso vai demandar espaços menores de escritórios e vai levar à mudanças do local atual onde ficam os escritórios.
Mais de 40% dos empregados da AMEX nos EUA optaram por trabalhar 100% do tempo remotamente, isso é o dobro do percentual de antes da pandemia. As pessoas querem flexibilidade e a pandemia mostrou que isso é possível, se as empresas onde elas estão não proporcionarem isso, elas irão procurar outra empresa que o faça. Pois é, o novo normal é isso aí.
Grande abraço,
Eder.
Fonte: Work Shifting 2.0: Redefining Normal, Bloomberg.
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