O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
Tive a oportunidade de interagir com mais de 150 boards de fundos de pensão ao longo dos últimos 35 anos e desde 2020 faço a abertura do curso de certificação de conselheiros da UNIABRAPP, apresentando o módulo “insights para conselhos de alta performance”. Vejo cada vez mais tempo sendo gasto pelos conselheiros com questões de compliance, enquanto oportunidades de mudança são desperdiçadas e o talento em torno da mesa não é utilizado.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
Jim Haudan, hoje na Accenture, chama a atenção para a arte de se falar o que realmente importa nos conselhos, indo além da governança. As discussões nos conselhos podem ser agrupadas em 3 categorias: 1) reportes: olha-se para trás, para algo que já foi feito; 2) decisões: decidir o que é estratégico para o funcionamento da organização; e 3) futuro: olhar para oportunidades de crescimento e evolução. Os conselhos gastam 80% do tempo com reportes, o que significa dizer que passam a maior parte das reuniões focando no passado, olhando coisas que já foram decididas. Isso se deve a uma combinação de fatores, como regulamentação e questões externas. Como resultado, os conselhos estão sempre na defensiva e raramente, na ofensiva.
CONCLUSÃO:
Os conselheiros reúnem talento suficiente para levar seus fundos de pensão ao futuro, mas cabe ao presidente do conselho criar um ambiente favorável no qual esses talentos possam ser alavancados num processo de criação de valor. Cabe a ele como maestro, fazer das reuniões do conselho um espaço seguro, no qual os conselheiros se sintam a vontade para ter conversas criticas ao invés de faze-lo nos corredores e nos cantos após a reunião.
Fonte: “Going beyond governance – The art of talking about what really matters”, escrito por Sabine Dembkowski.
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