De São Paulo, SP.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
O mundo corporativo espera que os CEO “performem” bem sob pressão, mas não sob fogo de artilharia. Exatamente por isso as guerras podem fornecer lições interessantes sobre o que realmente significa liderança, lançar luz sobre processos acadêmicos que supostamente seriam capazes de forjar líderes corporativos e entender como esses líderes estão lidando com a crise na Ucrânia.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
Há 77 anos, no dia 07/05/1945, terminava a 2ª guerra mundial com uma mensagem simples do comandante supremo da “Operação Overload”, mais conhecida como invasão da Normandia ou Dia-D: “A missão das forças aliadas foi completada às 02:41, hora local. Maio 7, 1945. Eisenhower”. Foi um feito e tanto para Dwight Eisenhower - Ike p/ os íntimos. Em set/1939 quando tanques alemães e soviéticos entraram na Polônia iniciando a guerra, Ike era um mero tenente-coronel que havia ficado 12 anos parado no posto de major. Em 07/12/1941, quando o Japão bombardeou Pearl Harbour, Eisenhower havia sido promovido poucos meses antes para general de 1 estrela, ainda assim, ele terminou a guerra como general 5 estrelas. O arquiteto da invasão da Normandia gerenciou egos galácticos de generais, políticos e líderes mundiais, inspirou seu país e liderou o mundo em tempos de incertezas e mudanças radicais. “Os planos não servem para nada, mas planejamento é tudo”, dizia constantemente, porque as situações sempre mudam, mas se você está sempre planejando você sabe como pensar e agir quando surge uma crise, na qual o tempo é sempre essencial - e crises não são raras, nem ocasionais, elas surgem o tempo todo. Eisenhower era um ótimo líder porque ele sabia separar suas ações entre importantes e urgentes, sabia priorizar, tinha um imenso poder de foco, uma mente super disciplinada, atacava os problemas de forma hierárquica, mas acima de tudo, por: (i) sua enorme capacidade de lidar com incertezas, e (ii) porque seu crescimento pessoal aconteceu antes de ocupar a cadeira de presidente (dos EUA). Para a maioria dos CEOs, ser presidente é a coisa mais difícil que já fizeram, mas para Eisenhower que salvou o mundo das garras de Hitler, não foi.
CONCLUSÃO:
A história tende a contar os fatos em capítulos, mas diretores-presidentes de fundos de pensão não podem se dar a esse luxo, porque as coisas acontecem de uma vez só. Sentar no topo de uma organização não significa ser líder, a guerra na Ucrânia esta mostrando isso. Nesses tempos de Internet em que todos se tornaram especialistas em tudo, mas a maioria não domina conhecimento específico sobre nada, vale a pena ouvir essa análise aqui sobre o que levou Vladimir Putim à guerra e porque a melhor solução não é ele sair como perdedor: https://lnkd.in/dzuNXVbr.
Grande abraço,
Eder.
Fonte: Dwight Eisenhower: Lessons from the ‘balancer in chief’, McKinsey Quarterly.
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