De São Paulo, SP.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
Em estatística, uma amostra não-aleatória, também chamada de amostra não-probabilística, serve para sondagens sem propósitos inferenciais. Exemplo: 1) amostragem voluntaria: quando os próprios componentes da população se voluntariam para participar da pesquisa; 2) amostragem por bola de neve: escolhem-se os voluntários e esses indicam “conhecidos” com o mesmo perfil para responder a pesquisa e assim, sucessivamente, vão formando redes de referência; 3) amostragem por quotas: busca-se repetir a proporção de elementos de cada estrato da população, os elementos da amostra não são selecionados por sorteio; e 4) amostragem por escolha racional: quando o pesquisador busca na população uma parte dela que interessa, escolhendo os participantes por terem uma ou mais características especificas. Nas amostragens não-aleatórias, há uma escolha deliberada dos elementos da amostra, que depende dos critérios e julgamento do pesquisador.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
Na busca pela sobrevivência, os fundos de pensão estão buscando crescer, mudar o modelo de negócios e se reinventar, mas você nunca saberia disso apenas olhando seus conselhos deliberativos. Os membros dos conselhos dos fundos de pensão são oriundos das patrocinadoras e 99,99% são participantes dos planos que administram. O que raramente você vai encontrar nos conselhos, inclusive dos maiores fundos do país, são experts em previdência complementar. Uma das obrigações centrais de um conselho é acessar riscos e uma década atrás o risco de disruptura dos fundos de pensão e a sustentabilidade do negócio nem apareciam no mapa de riscos, algo que agora começa a ficar obvio para os conselhos ... ou deveria. É chocante ver fundos de vários matizes - grandes, médios e pequenos, estatais, públicos e privados - seguirem relutantes em nomear para seus conselhos membros profissionais independentes.
CONCLUSÃO:
O mundo mudou, seria bom ter nos conselhos dos fundos de pensão pessoas que entendam e saibam antecipar para onde caminha o segmento de previdência complementar, o futuro do trabalho e essas coisas. É um imperativo estratégico fugir do pensamento em grupo, evitar que a escolha dos elementos da “amostra” caiba a um par de indivíduos, implantar comitês de nomeação (ou sucessão) nos fundos de pensão. As vezes enxergar o obvio é a coisa mais difícil que existe.
Grande abraço,
Eder.
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