De São Paulo, SP.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
Em 2010 Alan Murray - um dos mais importantes editores do Wall Street Journal na época - previu o fim da gestão. As burocracias corporativas, escreveu ele, são lentas demais e darão lugar a maneiras mais dinâmicas de fazer negócios. Cinco anos depois, em 2015, foi a vez de Adam Davidson - jornalista econômico da New York Times Magazine – antever um mundo onde organogramas e empregos fixos, com benefícios corporativos, seriam substituídos por grupos fluidos de empregados comandados diretamente por investidores, não por CEOs, bem semelhante ao que vemos hoje em jovens startups.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
Artigos como esses simbolizam as transformações pelas quais estão passando os pilares básicos sobre os quais a economia moderna foi construída: as empresas. Nocauteadas pelo peso de gigantescas e ineficientes estruturas internas, incapazes de repassar seus altos custos para o consumidor, o fim da empresa moderna como a conhecemos está se aproximando. Grandes empresas, líderes de mercado, estão falhando não por causa de má-gestão, mas por que seguem os ditames da boa gestão, com uma parafernália infindável de regras, códigos, políticas, padrões, etc. O HSBC chegou a ter no Brasil uma área de compliance maior do que a área de vendas. Nos últimos cento e poucos anos as organizações foram criadas para alocar recursos e organizar pessoas de modo mais eficiente do que indivíduos contratando um ao outro. Pesadas estruturas burocráticas eram necessárias para lidar com os “altos custos de transação” que surgem ao se coordenar milhares de pessoas e vastos recursos, com o objetivo de realizar tarefas complexas. As empresas se tornaram obsoletas porque no Século XXI a tecnologia digital, as mídias sociais e tudo o mais, estão fazendo os custos de transação tenderem a zero. Hoje, com a comunicação instantânea em nível global, informação essencialmente de graça e a possibilidade de um grande número de pessoas se organizarem e colaborarem sem hierarquias, a criatividade e inovasão podem se mover mais rapidamente do que através das organizações tradicionais e os indivíduos ganharam poder para construir negócios, ironicamente, como tinham na idade média.
CONCLUSÃO:
Não precisa acompanhar de perto os artigos sobre negócios para perceber que algo está mudando nas empresas. Basta olhar a foto abaixo, de um escrito nos anos 1950. Por tudo isso, os fundos de pensão precisam se revolucionar.
Grande abraço,
Eder.
Fonte: The Birth (and Death?) of Modern Corporations, escrito por Livia Gershon
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