De São Paulo, SP.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
Os fundos de pensão costumam ser os últimos da fila nas transformações do mundo corporativo, até porque nunca foram prioridade das patrocinadoras. Porém, ao passarem pelo seu momento de “grito do Ipiranga”, deveriam saber que junto com a independência, vem novas responsabilidades. Supervisionar riscos é um dos principais papeis na governança de qq conselho e questões relacionadas a ESG estão se tonando rapidamente parte dessa supervisão de riscos. Para monitorar, reportar e responder às questões ESG de forma eficaz, os conselhos deverão ter: (i) uma estrutura adequada de comitês e reportes ao conselho; (ii) expertise e experiencia adequadas; (iii) discussões relevantes e acesso as informações corretas. Um excelente “bench” para nossos conselhos deliberativos, i.e., para os fundos de pensão começarem a se preparar, é uma pesquisa feita pelo “Corporate Secretary” – uma plataforma digital de apoio a governança de conselhos nos EUA - entre dez/2021 e fev/2022.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
Veja a quantas anda essa supervisão nos conselhos das empresas nos EUA: 1) em 43% das empresas a responsabilidade é do conselho inteiro e 25% das empresas contam para isso com comitês de nomeação e governança (quem foi meu aluno no curso de certificação da UniAbrapp já ouviu falar desse comitê); 2) comparado com dois anos atrás, em 80% das empresas aumentou a frequência das discussão sobre as questões ESG, pelo board todo; 3) em 47% das empresas o assunto ESG é discutido em toda reunião ou em uma reunião sim, outra não; 4) em 55% das empresas, aumentou nos últimos 12 meses o questionamento por investidores sobre a estrutura de governança e os processos dos conselhos que supervisionam ESG; 4) mais de 4 em cada 10 empresa levam em conta a capacitação em EGS ao nomearem novos conselheiros. Quem quiser acessar o resultado completa da pesquisa pode fazê-lo por esse link aqui: https://content.irmagazine.com/story/cs-esg-in-the-boardroom/ . Vai ficar cada vez mais difícil avançar nos aspectos ESG nos fundos de pensão que não contarem com uma estrutura e com processos adequados.
CONCLUSÃO:
Talvez devêssemos colocar ordem nesse acrônimo e passar a falar de GES, ao invés de ESG, nos conselhos dos fundos de pensão. Fica a dica!
Grande abraço,
Eder.
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