De São Paulo, SP.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
AgeTech pode ser definido como: “qualquer tecnologia desenhada para atender as necessidades e desejos de adultos mais velhos, levando-os em consideração no processo de desenvolvimento das soluções, produtos e serviços”. A maioria das pessoas acha que depois dos 65 anos, tudo se resume a questões de saúde e acessibilidade, porém, as necessidades são bem mais amplas do que isso e abrangem também o bem-estar, assegurar que as pessoas não se sintam socialmente isoladas, aprendizado contínuo, começar uma nova atividade depois da aposentadoria ou até se “desaponsentar”. Por isso surgiu nos últimos anos um ecossistema de empresas, fundos de VC e PE, aceleradoras, startups e negócios voltados para os desafios do envelhecimento. Junta-se a isso a falta de cuidadores: em 2040 os países da OCDE precisarão de 13,5 milhões de novos cuidadores e nos EUA a escassez aumentará 235%. A “economia dos cuidadores de idosos e crianças” - em inglês: care economy - representava em 2019 algo como US$ 648 bilhões (mais aqui: https://www.investin.care).
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
As oportunidades são tão grandes, que gigantes da tecnologia como Amazon, Apple, Google, Facebook e Microsoft entraram de cabeça nesse segmento. Veja duas soluções de agetech lançadas em 2021: 1) Alexa Together (https://youtu.be/WlJ2Pfvk0as) – serviço por assinatura que dá acesso a um “hub” de soluções, por apenas US$ 19,99 por mês. O dispositivo emite lembretes de medicação, inclui o monitoramento 24 x 7 conectado a serviços de emergência, sensores de movimento avisam sobre quedas, emite alertas e notificações para os parentes; e 2) Bright’s Lamp (https://youtu.be/M9bHu4MIudc) através da terapia cientifica da luz, o dispositivo ajuda a diminuir os sintomas e reduzir a progressão do Alzheimer.
CONCLUSÃO:
Estamos nos aproximando de um mundo em que o Metaverso permitirá que parentes mais velhos, morando em geografias diferentes, se sentem todo dia à mesa de jantar e interajam virtualmente, em tempo real, com filhos, netos e bisnetos, diminuindo o isolamento social. Um mundo no qual idosos que não podem mais dirigir com segurança, reganharão mobilidade com carros autônomos - quem tem pais na faixa de 80 anos sabe a luta para tirar a carteira de motorista deles. Um mundo em que a robótica e automação permitirão aos idosos envelhecer em suas próprias casas. Tudo isso requer $$$ e os fundos de pensão deveriam ser atores naturais nesses investimentos, mas parece que abarrotar a carteira de títulos públicos é mais fácil .... que venha uma nova previdencia complementar, com nova mentalidade e novos propósitos!
Grande abraço,
Eder.
Fonte: 2022 AgeTech Market Outlook, com Keren Atkin
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