De São Paulo, SP.
1970 a 2000 – O primeiro fundo de pensão múltiplo no Brasil foi o FPM – Fundo de Pensão Montrealbank, criado por um banco canadense ali pelos idos de 1979, que devido a consolidação do sistema financeiro passou ao controle do Banco CCF, depois do HSBC e atualmente opera sob o guarda-chuvas do Bradesco.
Os demais fundos múltiplos foram criados a partir do início da década de 90, impulsionados pela estabilização da economia que forçou os bancos a buscarem recomposição da receita perdida com a queda da inflação e ao movimento de terceirização que atingiu as empresas. Caso do Multiprev (ex-Citibank), BB Previdência (Bco. do Brasil), Icatu FPM, Itaú FM e outros.
2000 a 2020 – Os fundos múltiplos, hoje chamados multipatrocinados, criados por bancos e seguradoras independentes tinham como alvo oferecer planos de previdência complementar para empresas médias e pequenas. Cresceram com os movimentos de privatização e M&A que afetaram setores inteiros levando a “spin-off’ e venda de unidades de negócios, caso do setor farmacêutico, da indústria química, de energia elétrica, telecom etc. O problema é que 10 entre 10 planos administrados pelos fundos multipatrocinados são customizados para atender os objetivos das empresas clientes (patrocinadora). A falta de padronização impõe um custo administrativo mais alto e prejudica a escala dos investimentos, porque pulveriza o pool de ativos tendo cada plano sua política própria de investimentos.
2020 em diante – Olhando para o norte, mais especificamente o Reino Unido (artigo: aqui) vemos um frenético movimento de consolidação de planos de previdência complementar que ocorre com a transferência de planos anteriormente criados pelas empresas em fundos próprios, para planos CD coletivos administrados por fundos multipatrocinados. Essa consolidação ocorre lá meio que forçada pelo aperto da regulamentação, que vem fechando o cerco em torno das taxas de administração mais elevadas nos planos menores. Quem sabe nossos multipatrocinados não se inspiram nessa toada e saem do marasmo, criando algo novo aqui na Terra de Santa Cruz?
Fica a dica.
Grande abraço,
Eder.
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