O mundo passa por um enorme redesenho, estamos na confluência de uma revolução tecnológica, com uma pandemia, uma crise climática, uma crise social e o redesenho do lugar e momento em que vamos trabalhar.
Essa transformação massiva impõe mudanças nas atitudes, nas ações e no mundo dos negócios em geral e nos fundos de pensão em particular, uma mudança que precisa vir de cima das organizações, mas estariam os conselhos preparados?
Veja as pistas.
“Está acontecendo muito, muito rápido ... Quando você tem essa enorme escala de mudanças – maior do que na revolução industrial – os conselhos têm dificuldade com isso. Eles simplesmente não estão equipados para lidar com os desafios atuais. Pode parecer duro, mas é a realidade. Eles não refletem mais o mundo real. Eles cresceram numa época diferente e fizeram um excelente trabalho, mas o mundo caminhou desde então e fracamente, muitos conselhos ficaram parados – seja em termos de conhecimento digital, em ESG, em representar a diversidade da população ... temos um problema porque há urgência e precisamos agir agora mesmo”. Paul Polman - Ex-CEO da Unilever
Lição # 1: Exigir certificação para alguém se sentar na cadeira de conselheiro de fundo de pensão é necessário, mas não é mais suficiente. Conforme um artigo publicado na “Pensions Expert”, revista especializada em previdência complementar do Reino Unido, sobre os desafios que a pandemia trouxe para os colegiados: “já se foi o tempo em que um novo conselheiro trazia para a mesa do conselho apenas boa vontade”. Precisa dizer mais?
“A coisa que mais me anima e que me faz refletir é o fato que os empregados estão pressionando os CEOs muito fortemente. Se olharmos os EUA, 25% da população já é da Gen Z e eles tem um poder de compra de $150 bilhões de dólares. Você não pode ser dar ao luxo de ignora-los … eu não consigo nem imaginar um CEO que trabalhe comigo que deixe de pensar nisso quase que semanalmente ou todo mês” - Amy Chang, membro do conselho da Disney e da Procter & Gamble.
Lição # 2: A mudança geracional já está em curso, começou com os millenials, vai se aprofundar com a Gen Z e nem queira esperar para ver o que vai acontecer com a Geração Alpha. Comece a ouvir individualmente o que os participante do seu fundo de pensão tem a dizer ou ....
“ESG é individualmente o motivo dos questionamentos que recebemos com mais frequência dos nossos mais de 750.000 membros de conselhos. Literalmente, é a pergunta feita com mais frequência, mas ainda está num nível muito superficial” - Brian Stafford, CEO da Diligent
Lição # 3: O foco em ESG não surgiu por um acaso, reflete a turbulência que vivemos em todas as áreas da sociedade, crise de sustentabilidade, crise social e crise de governança (em todos os níveis). Tenho abordado “ad nauseum” a urgência de pivotarmos nossos fundos de pensão nessa direção ...
Grande abraço,
Eder.
Fonte: CEO Daily, Alan Murray, Fortune
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