O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
As grandes transformações não acontecem da noite para o dia, elas são o resultado acumulado de mudanças que vão se impondo ao longo do tempo, por isso é tão difícil enxergá-las com antecedência, por isso é tão importante acompanhar as tendências. Quando as mudanças finalmente acontecem, temos a impressão de que foi tudo de repente. Vários fatores contribuem para ser assim e um dos mais marcantes tem a ver com os erros de percepção que as pessoas cometem sobre o mundo a sua volta, conforme deliciosamente explorado por estudos conduzidos todo ano por um instituto de pesquisas britânico chamado IPSOS MORI, intitulados “Os Perigos da Percepção” (escrevi sobre isso aqui:http://nkl2.blogspot.com/2018/07/ninguem-e-tao-cego-quanto-aquele-que.html)
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
O modelo de negócios dos fundos de pensão vai caminhando para quase um século de existência, no entanto, parece incapaz de atender a maioria dos trabalhadores, não apenas no Brasil, mas também no seu país de origem. Quase 60% das pessoas nos EUA (gráfico acima), a Meca dos fundos de pensão, não participam de um plano de previdência complementar corporativo, no Brasil pode colocar 80% aí numa boa. A fadiga de material, a exaustão do modelo, se acentuou nos últimos anos e dentre os motivos (que são vários) está a morte da aposentadoria que vem acontecendo lentamente nos últimos 15 anos – escrevi sobre isso em 2007 num artigo no Valor Econômico (https://www.scribd.com/document/45957605/A-morte-lenta-da-aposentadoria-os-homens-e-o-sapo-Oct2007-ValorOnline) – e se acentuou recentemente. As iniciativas de alguns fundos para se reinventar são importantes e louváveis, mas individualmente não serão capazes de mudar o curso da história de um segmento inteiro da economia, não sozinhos, não no tempo disponível. Para isso, será necessário um esforço coletivo do setor privado, apoiado pelo governo, pela área acadêmica e por que não incluir também, alguns futurologistas e visionários da tecnologia.
CONCLUSÃO:
As novas gerações vêm resgatando o conceito do coletivo, do grupo, do social, da união das pessoas em torno de objetivos comuns, de propósitos, de valores. Será que precisaremos esperar eles assumirem o comando para concluirmos, por exemplo, que a solução da segurança financeira futura não está em planos CD, construídos na era do individualismo???
Grande abraço,
Eder
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