De São Paulo, SP.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
“Queremos ir além do que é exigido”, disse Daniel André Stieler, diretor-presidente do maior fundo de pensão brasileiro, durante a abertura do 21º Encontro Previ de Governança Corporativa. Durante a palestra magna do evento, Francisco da Costa e Silva, ex-CVM (de repente, somos até parentes), comentou de forma brilhante o impacto negativo sobre a governança das organizações, decorrente da falta de discussões, debates e questionamentos nos conselhos de administração das empresas de capital aberto, fóruns essencialmente de ... discussões e debates, em que 100% dos acionistas chegam com os votos prontos para votação. Fausto Ribeiro, Presidente do Banco do Brasil, patrocinadora principal da Previ afirmou: “... estamos atentos aos aspectos ASGI e queremos contribuir para o desenvolvimento de um mercado de capitais onde a transparência, a qualidade e publicidade das informações seja cada vez mais eficiente”. Finalmente, Vania Borgerth lembrou o reporte obrigatório pelas instituições financeiras, a partir de 2022, dos riscos das mudanças climáticas seguindo o TCFD. Nota: no Reino Unido já é obrigatório a partir de out/2021 para os fundos de pensão com patrimônio acima de 5 bilhões de libras, a partir de 2025 sera para todos. Quem quiser assistir o evento todo pode acessar esse link aqui: https://www.youtube.com/watch?v=_lPTQx_ho90&t=1171s
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
A KPMG, em seu relatório “Boardroom Climate Competence: Getting Ahead of the Curve” - link aqui: https://lnkd.in/dRX7y5w4 - mostrou que a grande maioria dos conselheiros das empresas de capital aberto nos EUA não se sente confiante em seu papel de supervisão dos riscos e oportunidades decorrentes das mudanças climáticas. Susan Angele - Senior Advisor do KPMG Board Leadership Center, fala no video acima que os investidores lá fora querem saber: qual é a “Competência Climática” e a “Fluência em Clima” do seu conselho? Olha o problema: numa pesquisa com 463 conselheiros feita pela KPMG, 51% disseram que o assunto nem está na agenda estratégica da empresa!!! Sugestão da Susan para as empresas abertas que eu estendo para a Previ e todos os nossos fundos de pensão: comecem a educar o conselho deliberativo inteiro sobre mudanças climáticas, tragam especialista para falar para os conselheiros, ponham os conselheiros para buscar certificação sobre o tema. Fica a dica Daniel Andre Stieler.
CONCLUSÃO:
Milenials e Gen Z são especialmente sensíveis a esse assunto e empurrarão fortemente essa agenda. Fundos de pensão e empresas estão correndo sério risco de reputação por estarem demorando a se mover e terão, em breve, dificuldade na atração de talentos e de clientes porque a partir-se 2025 teremos no Brasil e nos EUA mais pessoas das gerações combinadas Milenials + Gen Z do que Baby-boomers + Gen X.
Grande abraço,
Eder.
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