De São Paulo, SP.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
A boa notícia é que o futuro conta uma história que pode nos ensinar alguma coisa, a má notícia é que raramente aprendemos. A capacidade de tentar prever o futuro não é necessariamente útil, mas ajudaria se você fosse responsável por definir políticas publicas, por exemplo, de previdência complementar. A experiência mostra, no entanto, que os governos geralmente não conseguem interpretar os acontecimentos corretamente, lhes falta motivação política ou lhes sobra limitação especulativa.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
Uma forma de antecipar o futuro sem depender de videntes, cartomantes, jogadores de búzios e bolas de cristal é terceirizando a previsão para o publico, coisa que os tomadores de decisão raramente costumam fazer. Pesquisar a opinião pública e do setor privado é bem simples, basta perguntar o que as pessoas pretendem fazer ou o que elas acham que vai acontecer e depois interpretar o resultado com cuidado, através de análises qualitativas e quantitativas. Montar um painel de especialistas para discutir determinado tópico leva a resultados mais precisos do que fazer prognósticos internos e individuais. Entender eventos passados, também pode servir de indicador do que se deve evitar no futuro, tipo uma lei (6.435) criada num mundo de planos BD sendo incapaz de regular um mercado com planos CD e CV. Evidências empíricas mostram que algo semelhante está ocorrendo com a lei atual, cuja eficácia está limitada a um tempo em que não havia ESG, economia digital, mudanças climáticas, futuro do trabalho, investimento com proposito, conselhos profissionais etc. etc. etc. Nostradamus não precisa estar no Ministério do Trabalho e da Previdência para traçar políticas de previdência complementar, basta extrapolar as diversas variáveis emergentes que apontam para as mudanças e ao invés de prever um futuro definitivo, modelar um conjunto de possibilidades cujas chances de ocorrência sejam mais ou menos prováveis, direcionar o mercado para aquele azimute e ir ajustando o rumo, sabendo que o futuro não é determinístico.
CONCLUSÃO:
Ao invés de depender puramente da atual abordagem – seja ela qual for – faria mais sentido traçar as políticas publicas de previdência complementar pegando emprestado a experiência histórica e combinando-a com novas técnicas e modelos, usando expertise científica e fazendo um diagnostico, muito mais do que uma previsão do futuro. Independente da abordagem e das ferramentas, cabe aos formuladores dessas políticas adotar as ações necessárias para chegarmos no futuro de forma suave ou todo o setor ficará ao sabor dos ventos e de resultados indesejáveis.
Grande abraço,
Eder.
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