De São Paulo, SP.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
Um estudo feito pela Russel Reynolds ao longo dos últimos 4 anos com +9.000 executivos seniores do setor bancário – cujos perigos de disruptura são similares aos dos fundos de pensão - mostrou que uma nova geração de líderes está sendo definida pela capacidade de responder rapidamente às múltiplas forças que estão desafiando a liderança tradicional. Os novos tipos de líderes que mais despontaram foram: o inovador e o inclusivo. Na figura acima, as competências que estão em alta e as em baixa nos executivos C-Level (diretoria)
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
De acordo com Aman Kidwai, do The Modern Board (Revista Fortune), aumentou a rotatividade dos CEOs e as evidências apontam que esse aumento também vai atingir os boards. A chacoalhada nos conselhos em 2022 poderá ser maior do que nos anos anteriores e certamente vai cascatear para baixo, mas por quê? Bom, primeiro, porque quando os líderes não são capazes de fazer a empresa atravessar tempos difíceis e transformadores, novas opções são exploradas. Segundo, porque as organizações estão buscando um conjunto mais amplo de competências e experiências dos conselheiros. Terceiro, porque a maior demanda por tempo e engajamento está transformando a posição de conselheiro em um trabalho (duro), não mais um prêmio por carreira executiva bem-sucedida ou indicação de um ótimo “network”. Por fim, as empresas estão incentivando a renúncia de conselheiros (nos EUA) para atender novas regulamentações que vem fechando o cerco sobre diversidade: regras da NASDAQ vão exigir a partir do ano que vem, que os conselhos tenham dois membros que se identifiquem como sendo do gênero feminino, LGBT ou de minorias raciais e caso não tenham, expliquem razão em seus relatórios anuais. Mais: aqui
CONCLUSÃO:
Alguns fundos de pensão podem estar deixando de atingir seu pleno potencial por causa de um viés sistêmico na seleção de conselheiros e diretores, mas é difícil quebrar esse ciclo. As nomeações tendem a gravitar em torno de pessoas que pensam e agem da mesma forma de quem as nomeou, reforçando o problema. A criação de um comitê de sucessão e governança nos fundos de pensão pode ser um caminho para começar a mudar isso.
Grande abraço,
Eder.
Fonte: A new lens on leadership competencies, Russel Reynolds.
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