De São Paulo, SP.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
A rápida ascensão dos fatores ambientais, sociais e de governança e do reporte obrigatório (a caminho) dos riscos das mudanças climáticas dentro do segmento de fundos de pensão, vai resultar numa mudança nas agendas dos conselhos, antes muito focados em questões regulatórias | compliance, fomento | planos família e sobrevivência | rebranding e distanciamento das patrocinadoras. Os conselhos deliberativos terão que evoluir muito nos próximos cinco anos, particularmente em questões não-financeiras, como o conhecimento mais granular da força de trabalho, D&I, direitos humanos, questões que afetam as comunidades, pressões da mídia, de consumidores conscientes e de organizações da sociedade vocalizando suas bandeiras e claro, regulação. Mas 5 anos é muito tempo para esperar por uma transição completa de um espaço ainda imaturo em relação as demandas de governança de um mundo digital e ainda muito conectado à dinâmica financeira e a ética de um mundo que já passou.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
Atrair bons conselheiros profissionais para os boards dos fundos de pensão pode se mostrar mais difícil do que parece. A remuneração não tende a variar grandemente e os potenciais talentos vão buscar algo mais. “Você acredita de verdade nas pessoas, produtos e propósitos? Você vai passar um bom tempo ... com essas pessoas, com esse board e essa empresa. Faz sentido para você, tudo o mais mantido constante, investir tempo nessa empresa?”. A fala diz tudo e é de Shannon Ryan, CFO da Wing – serviço de entregas por drones da Alphabet (dona do Google) e conselheira independente na UserTesting (cia de software).
CONCLUSÃO:
A escala das mudanças enfrentadas tanto pelas patrocinadoras como pelos fundos de pensão significa que essa transição precisa ser cuidadosamente gerenciada. O segmento está começando a responder aos desafios, mas a governança dos conselhos ainda se mostra mal adaptada ao que vem pela frente e o mercado parece não ter precificado os riscos e oportunidades significativos que eles representam. É preciso se preparar para essas mudanças hoje e os conselhos deveriam começar a identificar membros e parceiros que tenham capacitação, conhecimento e “mindset” para ajudá-los a navegar pela transição, alinhados com seus desafios e prioridades. Alguns fundos de pensão não sobreviverão às transformações, outros sim, mas enfrentarão dificuldades no futuro e haverá os que saberão aproveitar as oportunidades, crescerão e mostrarão como uma liderança ágil, pensamento inovador e vontade de vencer, podem criar um mapa em direção a um novo modelo de negócios.
Grande abraço,
Eder.
Fonte: What does the future ESG disclosure look like?, escrito por Tom Higgins e Compensation isn't everything. Here's how boards can differentiate their membership offer, escrito por Aman Kidwai
Nenhum comentário:
Postar um comentário