De São Paulo, SP.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
Ao ler um artigo científico hoje, esse assunto voltou a minha mente. Intitulado “Porque matemáticos deveriam aprender mais sobre física, físicos deveriam aprender mais sobre matemática e todos nós deveríamos apender mais sobre filosofia”, o artigo foi escrito por Oliver Lopez-Corona, Gustavo Magalhaes e Igor Barahona, que tuitou uma suposta conversa entre Albert Einstein (dispensa apresentações) e Jules Henri Poincaré (matemático-físico-filósofo francês na foto acima) para ilustrar isso:
Einstein: Sabe Henri, num certo ponto da minha vida eu estudei matemática, mas desisti e fui estudar física.
Poincaré: Oh, verdade Albert? Por que isso?
Einstein: Porque apesar da matemática poder distinguir o que é verdade do que é mentira, não pode dizer qual argumento é mais importante.
Poincaré: Que interessante Albert, porque orginalmente eu também estudei física, mas desisti e fui estudar matemática.
Einstein: Verdade? Por quê Henri?
Poincaré: Porque eu não conseguia dizer quais dos fatos importantes eram verdadeiros.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
Ciência não é teoria de poltrona precisa explicar o mundo que vemos e desenvolver modelos que expliquem os dados. Encaixar novos modelos de negócios dos fundos de pensão nos dados que estamos vendo se desenrolar á nossa frente, é tarefa complexa, multifacetada, envolve idas e vindas entre teorizar e validar. Por ser implausível testar hoje o futuro de fundos de pensão, teremos que esperar décadas para ver o que vai acontecer ... ou então nos basearmos em um meio diferente de validação.
CONCLUSÃO:
Os fundos de pensão estão estruturados hoje em pilares matematicamente corretos, mas cientificamente inconsistentes. Se baseiam numa interpretação não-lógica do futuro do trabalho: empresas com milhares de empregados e vínculos de emprego na folha de pagamentos. Por isso, se equilibram num aparato logicamente incorreto. É mais fácil descobrir o que está errado do que dizer o que é correto. Os médicos antigos sabiam disso, praticavam isso e chamavam isso de "exemplo negativo". O exemplo negativo era considerado muito mais informativo do que as observações confirmatórias. Na ausência de uma alternativa melhor, podemos apenas apontar para a inadequação do modelo atual dos fundos de pensão, enquanto construimos teorias suficientemente elegantes e explanatórias sobre o futuro da previdencia complementar, até que possamos testá-las.
Grande abraço,
Eder.
Fonte: Why mathematicians should learn more physics and physicists should learn more mathematics and all of use should learn more philosoph, escrito por Oliver Lopez-Corona, Gustavo Magalhaes e Igor Barahona.
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