De São Paulo, SP.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO:
As forças e tendências que moldarão o futuro já se encontram ao nosso redor, o que permite ao menos discernir o caminho para onde elas estão apontando. Qualquer um que pretenda estar na liderança de um fundo de pensão daqui a uma década, deveria se inteirar do assunto. Saiu hoje um relatório da Deloitte intitulado “Leading Through an Age of Discontinuity”, escrito por Eamonn Kelly e Jason Girzadas (versão completa: aqui). Nele os autores apontam 5 grandes tendências que causarão descontinuidade no mundo corporativo.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE:
Uma das cinco tendências é de especial interesse para conselheiros e diretores que queiram se preparar para o futuro dos fundos de pensão: “O declínio da Teoria da Firma e o surgimento da Teoria do Ecossistema”. Na década de 1930 o economista britânico Ronald Coase, formado pela London School of Economics, publicou “A Natureza da Firma”. O trabalho listava as razões pelas quais precisávamos de empresas grandes, se baseava na visão tradicional de estruturas industriais e focava na atuação das firmas de modo independente. Passados +80 anos, o progresso tecnológico e a evolução da natureza do trabalho, remodelaram a economia, levando ao declínio no papel e utilidade individual das firmas (empresas) para criação de valor. O que vai substituir a firma? O enfraquecimento dos limites que caracterizavam as velhas estruturas individuais fará com que ganhe força a co-criação e colaboração entre diferentes setores e empresas, fazendo convergir segmentos distintos para formar “ecossistemas dinâmicos, centrados nas pessoas, que atendam as necessidades e vontades sociais e humanas de forma mais eficaz, precisa, acessível e sustentável”. Nesses ecossistemas, as firmas vão colaborar, competir e evoluir junto com governos, universidades, atores filantrópicos e consumidores, com níveis crescentes de interdependência e compartilhamento de interesses vitais.
CONCLUSÃO:
Complicado? Sim, um pouco, mas a ideia é que ao longo da próxima década vai declinar acentuadamente o conceito de “firma independente” como unidade útil de análise estratégica de criação de valor. Em outras palavras, teremos empresas menores, com menos empregados e com estruturas inteiramente novas.
Grande abraço,
Eder.
Fonte: CEO Daily-Fortune, escrito por Alan Murray
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